sábado, 30 de maio de 2015

Situação lamentável:


o governo federal não fez repasse de verbas e o programa Mais Educação acabou lá na escola, fazendo com que cerca de 90 crianças deixem de ser assistidas pela educação integral, na qual tínhamos oficinas de Dança, Banda, Acompanhamento Pedagógico I e II, Múltiplas vivências Esportivas e Recreação e Lazer/Brinquedoteca. Ouvimos choro de crianças, lamento das mães que realmente precisam de seus filhos lá e foi um momento bem desagradável dispensar as monitoras que estavam fazendo um trabalho muito bom. Sentirei falta das crianças, porque é meu trabalho. Sentirei falta de ver os progressos e a confiança que eles depositavam na equipe, buscando apoio para o tempo que estavam recebendo atividades saudáveis, feitas basicamente para que eles não estivessem à toa na rua. Momento difícil, muito difícil, ver que a EDUCAÇÃO não tem valor para quem está acima de nós, nos representando. Sinto-me completamente desamparada na minha escolha de ser professora. Sinto-me abandonando todos os alunos que, hoje, disseram, "dona Gabriela, quase chorei hoje porque o Mais Educação vai acabar". Sinto-me entregando à ociosidade, crianças que estavam se tornando mais calmas e mais sociáveis com os estímulos oferecidos pela música, dança, ...

Um problema que é nosso

Na 4ªfeira, eu assistia a um programa que mostra abordagens da polícia militar, e fiquei sensibilizada ao ouvir a fala de dois menores apreendidos por roubo: "quem tem mais que a gente, precisa perder". Esse é o retrato social de um problema que é nosso, sim!! Vamos nos adotar uns aos outros? Quantas crianças e adolescentes precisam de nós, de um pouco do nosso carinho, de um pouco de otimismo e de entusiasmo ? Doação de nós mesmos para o nosso futuro. Se cada um de nós, adotasse uma criança, pra ser um pouco acariciada com um pouco da nossa atenção, com certeza, teríamos um país menos violento e menos crente na injustiça social. Não precisamos levar para nossa casa, mas apenas "cuidar", apenas ter um olhar diferenciado, apenas demonstrar que nos importamos. É muito gratificante, ver o sorriso de uma criança, quando ela responde ao nosso gesto de carinho...

sábado, 22 de junho de 2013

Eu também vou reclamar!!

   Então, Raul Seixas cantava: "Eu vou tirar / Meu pé da estrada / E vou entrar também / Nessa jogada / E vamos ver agora / Quem é que vai güentar ... / Mas agora eu também resolvi / Dar uma queixadinha / Porque eu sou um rapaz / Latino-americano / Que também sabe se lamentar... " , assim como em "Ouro de Tolo" : "É você olhar no espelho / Se sentir Um grandessíssimo idiota / Saber que é humano / Ridículo, limitado / Que só usa dez por cento / De sua cabeça animal... / E você ainda acredita / Que é um doutor / Padre ou policial / Que está contribuindo / Com sua parte / Para o nosso belo / Quadro social... / Eu que não me sento / No trono de um apartamento / Com a boca escancarada / Cheia de dentes / Esperando a morte chegar... " 
     E, com base nessas músicas, me pergunto: quem somos nós ? Qual parte estamos fazendo para que nossos diretos sejam garantidos ? Acredito que Raul Seixas estaria satisfeito vendo o Brasil sair do seu comodismo social e indo às ruas lutar e abrir a boca , literalmente, para falar, cantar, perguntar Que País É Esse em que estamos vivendo ? Ou melhor, estávamos? Um Brasil político demais que precisa de manifestos, lamentos, cartazes para acordar à realidade ? Sim, que precisava do silêncio. Silêncio , principalmente, de quem acha que não deve cobrar do paternalismo.                "A Bolsa Família te sustenta, por que você se queixa ?" 
     Vamos lamentar !!! Vamos à rua!!! Ontem , na manifestação em Petrópolis, cartazes sobre a valorização errada que é dada aos ídolos do futebol . E o Pelé é ídolo, e o Ronaldinho é ídolo, e a Dilma é "a  presidenta" , e Romário é político, e.... o que mais me impressiona é a capacidade com que questionam e posicionam suas palavras ao falar de nós. Literalmente, acredito que somos, nós, o povo, os mais bem preparados a falar sobre nossas próprias realidades. Mas falar pra quem ? Pra quem já tem o poder do dinheiro, da decisão, das leis , .... , nas mãos ? Então, a Dilma reúne emergencialmente os ministros para uma reunião pois o povo resolveu questioná-la. O povo que o governo queria quieto, silencioso.... aceitando, acatando.... . 
     "Eu presto atenção ao que eles dizem, mas eles não dizem nada Toda forma de poder é uma forma de morrer por nada / Toda forma de conduta se transforma numa luta armada (Uoh Uoh)" (Engenheiros do Havaí) . 
     Sendo assim, se não ouvimos algo importante, só nos resta dizer! Agora é a hora de falar! De dizer o que realmente precisamos. Daquilo que nos é próprio, o que nós, realmente, conhecemos como nossa realidade social, o que nos alegra, o que nos entristece e empobrece. Sem precisar ouvir alguma coisa inteligente, devemos ser nós, aqueles que melhor falam! Ninguém sabe melhor o que precisamos, do que nós mesmos! Sem medo de ser feliz!! Sem sentar no trono esperando a morte chegar! Cartazes, lamentos, vamos fazer da nossa cidade, um mural constante de avisos !! Essa luta não deve parar!! 
     
      

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Eu, meu big brother



 
   Seria você ou eu, o próximo escolhido ao paredão? Por afinidade ou força? Qual critério mais inteligente e estratégico levaria um de nós a ser eliminado de um grupo do qual fazemos parte em nosso dia a dia?  Somos amados ou temidos?
    Talvez o participante Dhomini saiba a resposta para essas perguntas, estando mais forte nessa edição do programa Big Brother Brasil. Ainda mais porque vem fortalecido pela leitura que faz, dentro da casa, dos pensamentos de Robert Greene no livro “As 48 leis do poder”. E uma das citações que me chamam atenção nesse livro, é a de Maquiavel: “é melhor ser temido que ser amado”. Por que ela é tão significativa?
   Penso que num jogo de estratégia como é esse reality show, o objetivo é chegar ao último dia, saindo de lá com o prêmio máximo em dinheiro e todo o glamour oferecido pela mídia. Apenas um jogo real, uma representação dos jogos de tabuleiros que muitos de nós jogávamos quando era criança. Lembro-me de LUDO. Contávamos com a sorte dos dados para direcionar a quantidade de casas que iríamos andar com nosso peão, mas precisávamos analisar o tabuleiro a fim de administrar bem todos os movimentos que faríamos. Assim como WAR, o jogo da guerra. Se você não eliminar, será eliminado. Sendo que a grande diferença e o que justamente nos causa euforia no BBB é justamente o fato de estarmos de fora, observando e refletindo, mesmo que indiretamente, como seriam nossas atitudes como jogadores.
   “O objetivo da guerra é a paz” por Sun Tzu em “A arte da guerra”.
    Voltando à pergunta inicial desse meu artigo, considero um jogo de estratégia, cada momento de nossa vida diária. O ambiente de trabalho é um grande e fabuloso Big Brother. Se não soubermos administrar a convivência com nosso grupo e houvesse um paredão semanal, estaríamos sujeitos a ter que indicar ou sermos indicados à eliminação. É necessário sabedoria para  guerrear no sentido de ter que conviver e administrar o contato com as outras pessoas, exatamente no mesmo objetivo da paz e da conquista da satisfação do cliente, da realização do objeto construído por aquele estabelecimento, das resoluções do escritório, enfim, de tudo o que cada grupo tem a oferecer ao mundo.
   E quanto a ser amado ou temido, a primeira eliminada do programa, a jogadora Aline, talvez tenha falhado por não saber controlar o que pensa. Justamente como consta no livro citado de Robert Greene, quando ele disserta: “As pessoas na sua maioria são como um livro aberto. Elas dizem o que sentem, não perdem oportunidade de deixar escapar opiniões e, constantemente, revelam seus planos e intenções. Elas fazem isso por vários motivos. Primeiro, é fácil e natural querer sempre falar dos próprios sentimentos e planos para o futuro. É difícil controlar a língua e monitorar o que se revela. Segundo, muitos acreditam que sendo honestos e francos estão conquistando o coração das pessoas e mostrando a sua boa índole. A honestidade  é na verdade uma faca sem fio, mais sangra do que corta” .
    E sangra muito, se não soubermos administrar a dosagem com a qual a lançaremos em relação às outras pessoas. É uma questão de discernimento, saber perceber o efeito que nossas palavras e atitudes terão sobre o nosso alvo. Por isso, saber jogar o melhor e mais interessante jogo, que é a VIDA, é garantir o sucesso de nossa índole, conquistando nosso espaço e nos aprimorando. Mas para isso, estrategicamente administrar nossas atitudes, observando o grupo, sabendo ceder na hora certa, procurando aprender mais que ensinar, enfim, interagir com o que a vida nos oferece e sobre o qual não temos controle, que é a força regente da natureza superior a nós e dessa forma, construir a nossa melhor existência.
   Fica a sugestão para esses livros “A arte da guerra” e “As 48 leis do poder”, ressaltando que o objetivo da leitura é apenas o aprimoramento pessoal. Inclusive, o clássico “O pequeno príncipe” contém muito do que Sun Tzu ensina sobre as ordens de um coronel em relação ao seu exército. Conceitos que podem e são utilizados por grandes líderes e administradores de empresas.
   Sendo assim, sejamos sempre nossos grandes e melhores irmãos. Observados e admirados, em primeiro lugar, por nós mesmos, tendo como nosso maior inimigo, a nossa própria índole. Sejamos sempre vigilantes para que esse adversário tão cruel não nos elimine na primeira semana de estreia em grupos novos. Estejamos atentos aos dados lançados e às escolhas que devemos tomar em relação à quantidade e qualidade dos passos que temos à nossa disposição para serem utilizados. Que o poder da nossa personalidade esteja sempre a favor de uma vida saudável, harmônica e assim, pacífica.
   
   

domingo, 17 de junho de 2012

Vamos olhar paternalmente?

   O mundo quer erradicar a pobreza e se desenvolver sustentavelmente de modo que saiba aproveitar suas riquezas para que haja mais igualdade, principalmente, na distribuição dos recursos e das áreas férteis. Mas, como acabar com a pobreza se, pelo menos no Brasil, temos política paternalista incentivando a proliferação de seres humanos? Qual futuro, realmente, o mundo quer pra si, para os seus, para os nossos filhos?

    Uma questão que chama atenção quando existe esse assunto pobreza é o presente da educação e o rumo que ela toma, tendo como base do futuro, crianças e jovens inseridos no meio social que os ensina a não batalhar por sua sobrevivência. A infância “pública” é um dos fatores que mais precisa de ajuda! A infância “pública” precisa receber do governo seu melhor olhar. Aquele olhar como o que devemos ter em relação a nós mesmos: “amar ao próximo como a si mesmo”, mandamento de Deus. Amar o nosso futuro que são as crianças. As crianças já inseridas na rede assim como aquelas que estão sendo geradas e aquelas que já existem geradas no ventre das mães.

   A questão é: de onde estão vindo nossas crianças? Qual o presente como tempo que as gera e vai formá-las para um futuro em que o passado seja algo realmente significativo para o bem em suas vidas? Não devemos nos prender ao passado e deixar de viver, mas devemos sim tornar o tempo de vida das nossas crianças, o seu melhor significado. Famílias estão crescendo favorecidas com o paternalismo do governo, patrocinadas por ele. Crianças estão sendo geradas com o único interesse na manutenção e continuidade de benefícios sociais.

    Um organismo infantil que seja o seu melhor futuro. Que viva a infância e se torne adulto mais saudável, mais tranqüilo, sem tanta violência, sem tanta revolta. Que sorria, que brinque, que tenha energia física para estudar, para praticar esportes, para ler, para se tornar cidadão crítico e que seja para o país o seu melhor progresso. Que esteja presente na sala de aula disposto a construir sua aprendizagem com a compreensão do objetivo e significado que isso faz na sua própria existência.

  “Se fracassarmos para instruir nossos filhos sobre justiça, religião e liberdade, estaremos condenando-os a um mundo sem virtude, a uma vida no acaso de uma civilização em que as grandes verdades terão sido esquecidas” (Presidente Ronald Reagan apud Willian e Martha Sears no livro “Crianças bem resolvidas”).

  Enfim, com olhar realmente paterno, salvemos o futuro, tornando a realidade das crianças o melhor presente! E, assim, visando uma real erradicação da pobreza, sustentaremos o desenvolvimento de um mundo muito mais fraterno e igualitário, no qual haja muita gente para muita terra.

domingo, 25 de março de 2012

De volta à sala de aula

Frequentando o pré-vestibular social do CEDERJ, aos sábados, penso em como é bom estar em sala de aula. E me vejo quase que na mesma situação de quando era aluna do ensino médio, concluindo em 1995, no Paraná, o terceiro ano junto com a preparação para o vestibular. Sendo que a diferença hoje é a disposição do organismo para assimilar tantos conteúdos novos. Não há a mesma capacidade que eu tinha aos 18 anos, mas há a motivação gerada pelo objetivo de vencer os desafios da matemática através da licenciatura.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Construindo a educação

“A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (Título II – art 2º da LDB 9394/96) . Baseada nesse parágrafo da Lei de Diretrizes e Bases, como deve ser a educação nesse ano novo? O ano letivo está começando e qual deve ser o posicionamento de pais e responsáveis na caminhada educacional de suas crianças e jovens? Por que é tão importante a parceria entre todos os envolvidos no processo educacional? A melhor educação como prevê a lei deve ser aquela que torna o ser humano consciente de seu papel como espécie e assim, o prepara para a interação com o meio numa consciência de direitos e deveres em relação a esse próprio ambiente. A melhor educação é aquela que construída em parceria com o estabelecimento de ensino, objetiva o pleno desenvolvimento do educando como presente mas principalmente o seu crescimento para o dia de amanha. Enfim, entre outros objetivos, a educação escolar, como prevê o art. 1º do título I da LDB, “deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social”. As instituições escolares na construção de suas propostas educacionais têm como dever o desenvolvimento do seu projeto educacional baseado, por exemplo, na LDB, nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) e Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), instrumentos que norteiam a educação brasileira através de determinações sobre leis e o conhecimento a ser oferecido e construído entre todos os envolvidos no processo de aprendizagem. Esses instrumentos são de fácil acesso a qualquer pessoa que se interesse em conhecer qual a proposta nacional para a educação. Por isso, aos pais e responsáveis cabe nesse momento, início de uma nova caminhada escolar buscar a integração com o ambiente educacional a fim de obter esclarecimentos sobre a proposta pedagógica para o ano letivo. É direito dos pais, previsto em lei, estar na escola e freqüentar seu ambiente desde que nos limites estabelecidos pela mesma. Participar das reuniões, conversar com a equipe, observar o desenvolvimento dos filhos, analisar material, colaborar e construir junto com seu educando o conhecimento, é a tarefa de casa mais nobre que um responsável pode ter. É através do exercício de sua cidadania que pais e responsáveis, conhecendo as leis educacionais e seus parâmetros tem condições de discutir, analisar e cobrar resultados tendo em vista que a formação de um aluno precisa de base e orientação sobre como se tornar seu melhor empreendimento e futuro. A educação é o presente. É a construção hoje de cada limite, de cada correção, de cada exemplo que norteia as atitudes e constrói o conhecimento. É através do dia-a-dia, do cotidiano, da vivência, da interação. É através da disciplina de Ciências que vem o entendimento sobre a natureza, seus fenômenos num movimento de ação e reação, assim como a compreensão sobre o papel do ser vivo no meio que habita e ser integrante de todo um sistema de relações. Esses são exemplos do universo de ofertas das disciplinas que formam o conteúdo curricular que norteiam a educação brasileira, possível numa proposta interdisciplinar na qual as disciplinas são trabalhadas juntas como, por exemplo, voltando às Ciências, temos a Floresta Amazônica e sua importância para o mundo integrada à Geografia que ensina sobre sua dimensão e localização. Construir à base de questionamentos, a História do Brasil, para que sejam redigidas com o uso de um bom Português, as leis que preservem a natureza e não permitam a reação da mesma como um futuro desastroso para a humanidade. Eduquem e se eduquem! Construam o conhecimento, tornem-se cidadãos conhecedores de direitos e deveres a fim de estabelecerem com o meio a melhor interação sabendo-se como um ser constituído de células que nascem, crescem, desenvolvem-se e morrem sobre um lábaro que ostenta estrelado num movimento constante de busca por equilíbrio. Uma boa educação em 2012 possibilita, principalmente às crianças, a construção da aprendizagem de forma que sejam conscientes sobre seu papel no meio em que vivem tornando-as responsáveis à manutenção e preservação como espécie.